quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Porque os projetos de ERP fracassam

Olá pessoal, em minhas leituras diárias, achei esse post que fala sobre o fracasso de sistemas ERP. Muito legal...


Por Rodrigo Caetano, da Computerworld
Especialistas apontam os principais erros cometidos pelas empresas em implantações de sistemas de gestão.

Grandes projetos, grandes problemas. Não importa a metodologia utilizada, a ferramenta escolhida e o tamanho da equipe. É comum, até demais, que implementações de sistemas de gestão (ERP) fracassem. Prazos são estourados, orçamentos vão muito além do limite e os resultados não correspondem às expectativas das áreas de negócios.

Mesmo projetos bem sucedidos enfrentam problemas no seu decorrer. Sejam eles motivados pela cultura da empresa, por mau planejamento ou briga de egos, os percalços acabam custando caro para as companhias. Afinal, no mundo dos negócios, tempo é dinheiro e sistema que não funciona é igual a processos que não funcionam.

Segundo a consultoria Gartner, a segunda maior prioridade dos executivos de tecnologias para este ano é implementar ou atualizar o sistema de gestão. A vice-presidente de pesquisas da empresa, Ione Coco, afirma que o cenário não deve mudar, pelo menos, até 2012. O que leva a uma reflexão: apesar de tão importantes, por que os projetos de ERP fracassam?

Apontar uma razão principal é difícil, mas, segundo especialistas, existem alguns fatores comuns encontrados nas empresas que, fatalmente, levam ao mau resultado. O primeiro não tem nada a ver com questões técnicas, mas sim com a cultura das organizações. Segundo Ione, as empresas, e principalmente os departamentos de TI, precisam saber o que esperar de um projeto. Estimativas altas demais, ou mesmo com foco errado, comprometem todo o trabalho, não importa se foi bem feito.

Para o sócio da consultoria Mondo Strategies, especializada em gestão integrada de software, Ernani Ferrari, o problema das estimativas ainda vai além do resultado. As empresas têm dificuldades para prever a quantidade de tempo e recursos necessários para a conclusão do projeto. Como conseqüência, tendem a acelerar uma das pontas do processo, pulando etapas e cortando custos, prejudicando as demais.

Em apresentação feita durante evento promovido pela Associação de Usuários SAP do Brasil (Asug), entidade que reúne clientes da fornecedora alemã de sistemas de gestão, o diretor do capítulo São Paulo do Project Management Institute (PMI), Paulo Moraes, apontou alguns pontos que fazem a diferença na hora de iniciar um projeto. O PMI é uma associação sem fins lucrativos que desenvolve estudos sobre o gerenciamento de projetos. Área onde, geralmente, começam os problemas.

Confira as dicas do executivo:

- Falta de uma camada de gerenciamento de projetos: no mínimo, a empresas precisa conhecer as melhores práticas de gerenciamento descritas no PMBOK, principal publicação feita pelo PMI. Mas, qualquer metodologia serve, desde que esteja presente.

- Falha no planejamento do projeto: essa talvez seja a fase mais crítica de um projeto. Segundo Moraes, as empresas não pode ter preguiça de escrever, fazer diagramas, relatórios, etc.

- Processos críticos de negócios mal definidos: quase uma conseqüência do mau planejamento. Fatalmente, caso isso aconteça, a empresa terá de fazer mudanças no sistema depois de estar pronto.

- Falha em detalhar os processos nas pontas: caso a empresa não conheça exatamente a rotina das pessoas que vão, de fato, utilizar o sistema, fatalmente fará algo inútil ou complicado demais.

- Falta de envolvimento do pessoal das pontas: Moraes conta uma história curiosa. Determinada empresa, após implementar um novo ERP, começou a ter problemas com a qualidade dos dados. Após meses de investigação, descobriu que os operadores de empilhadeira, responsáveis pela coleta dos dados nos armazéns da companhia, não conseguiam digitar corretamente nos computadores de mão por usarem luvas. Este pequeno detalhe acabava comprometendo todo o processo.

- Falha em preparar o sistema para agüentar os picos de utilização: nenhum sistema é utilizado com a mesma freqüência o tempo inteiro. É preciso saber o quanto ele agüenta e quanto terá de agüentar, quando for exigido em carga máxima.

- Evangelizar os patrocinadores do projeto: tudo tem de estar escrito. “Se não está explicitamente indicado, está implicitamente excluído”, afirma Moraes. Todos os envolvidos no projeto precisam ter consciência do que está no papel e saber que é isso que será realizado, nada menos, nada mais.

- Iniciar a implantação antes de definir o escopo: nada acontece antes que o cronograma e os recursos estejam bem definidos e formalmente aprovados.

- Estouro do escopo: estratégias e cenários econômicos mudam, mas não é possível modificar o projeto a cada novidade de mercado. Por isso é fundamental ter um sistema bem definido de gerenciamento de mudanças.

- Grandes modificações de software padrão: um sistema SAP, segundo Moraes, faz muita coisa. Antes de modificar o software, certifique-se, realmente, que isso é necessário.

- Falhas de testes: de 20% a 40% do tempo total de projeto deve estar reservado para os testes. E eles só são válidos se forem devidamente documentados.

- Falta de treinamento: é um erro reduzir o custo do projeto cortando o treinamento. É necessário ter um plano de treinamento, que serve, também, para avaliar o conhecimento dos usuários.

- Falhas ao carregar os dados no sistema: um sistema ERP gera mudanças culturais na empresa. Muitas vezes, os funcionários estão acostumados a usar diversos sistemas legados, cada um referente a uma determinada época. Por isso é preciso definir o alcance do novo sistema. Falta de dados também é um problema. Se um usuário diz que precisa trabalhar com determinada informação, não significa, necessariamente, que ela exista.

- Falha no “cut over”: a data de inauguração do novo sistema, e desligamento de antigo, deve estar definida e o processo planejado. É impossível fazer isso sem causar impacto. Este plano tem de ser discutido já na fase de planejamento do projeto.

- Falhas após o “go live”: depois de estar tudo funcionando, não é difícil se deparar com um time de suporte mal dimensionado. Outros problemas são a falta de documentação e falhas no entendimento das responsabilidades dos envolvidos.

- Deixar os testes para depois do “go live”: testes devem ser feitos durante a fase de testes. Testar quando o usuário está precisando da ferramenta dará dor de cabeça, com absoluta certeza.

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/gestao/2009/08/18/porque-os-projetos-de-erp-fracassam


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Projeto ACBrNFe

Olá Pessoal,

Dando continuidade ao assunto NFe, hoje vou abordar a parte de assinatura, validação, transmissão e impressão. Como mensionei no post anterior, o projeto PCN cuida apenas da parte de geração do arquivo. Agora precisamos seguir com a outra parte e para isso, apresento a vocês um outro projeto, também Open Source, que veio pra facilitar as nossas vidas, pois ele se encarrega de toda a parte de comunicação com os webservices da SEFAZ e impressão do DANFE.
Desenvolvido por um grupo de programadores, o ACBr(Automação Comercial Brasil), é uma suite de componentes para Delphi que dispõe de uma variedade de funcionalidades, mais especificamente para automação comercial. A idéia principal é facilitar a maneira de se desenvolver softwares de automação comercial e fazer com estes tenham acesso mais fácil aos diversos tipos de equipamentos existentes no mercado, como impressoras fiscais, gavetas de dinheiro, impressoras de cheque, transferencia eletrônica de fundos (TEF), monitor de bombas de combustível, display de mensagens, e agora com também a parte de NFe, chamado ACBrNFe.
Falando especificamente desse componente, sua nova versão(ACBrNFePCN) se integra com o Projeto PCN, permitindo que todas as operações referentes as NFe sejam feitas com ele.
Dessa forma, temos em mãos um poderoso componente, capaz de gerar, assinar, validar, transmitir e imprimir o DANFE. Dentre estas fucionalidades, ainda temos a parte de envio do XML por email, consulta ao cadastro do contribuinte e impressão do DANFE em PDF.
Pessoal, aqui na empresa adotei este componente, entrei para o grupo e hoje estou com a aplicação em fase de testes, quase 100% implementada. Já são mais de 200 NFes enviadas, autorizadas, canceladas, numeração inutilizada, tudo com sucesso. Nosso prazo para emissão em produção é 01 de setembro, e graças a Deus e ao pessoal do grupo está tudo encaminhado.
Para maiores informações, clique aqui.

Abraços e até a próxima!

terça-feira, 21 de julho de 2009

PCN - Projeto Colaborativo NFe

Olá pessoal,

Após um tempo sem postar, aqui estou de volta trazendo algumas novidades. Como mensionei em post anterior, estou participando do projeto de implementação da NFe(Nota Fiscal Eletrônica) na empresa onde trabalho e durante um período andei observando, testando várias soluções de NFe existentes no mercado, pois descartei a hipótese de desenvolver toda a solução, em virtude do tempo que levaria para tal e também devido ao nosso cronograma junto ao SEFAZ, que nos obriga a iniciar a emissão de NFe á partir de 01 de setembro de 2009. Hoje se você der uma boa garimpada na net, vai encontrar componentes, aplicativos, DLLs que vão de R$ 500,00 a R$ 10.000,00, com código fonte ou sem, á gosto do freguês, ou seja, soluções diversas, que se integram com quase todos os ERPs.
Bom, até agora não falei nenhuma novidade né?! Vamos lá: Nesse período de testes, em paralelo continuei com minhas googladas, e tive a felicidade de achar um projeto Open Source, onde já havia uma quantidade satisfatória de pessoas trabalhando para desenvolver a tal solução, a qual já vinha me tirando o sono há muito tempo. Não pensei duas vezes, e começei a olhar com muito carinho. Fiz o cadastro no grupo, onde por sinal fui muito bem recebido e começei a participar, apostei na idéia. A primeira coisa que fiz, foi entender o projeto, depois entrei em contatos com algumas pessoas, entre elas o Paulo Casagrande, que é o mentor do projeto. De lá pra cá começamos a trocar figurinhas, baixei os fontes do projeto, começei a ler o código(que está bem detalhado) e em menos de um dia de trabalho já estava com a minha aplicação quase integrada. Dali pra frente começou a atenuação da minha dor de cabeça, pois as coisas começaram a desenrolar. Muitas páginas do manual de integração que a SEFAZ fornece, começaram a fazer sentido, pois o projeto segue a risca cada palavra mensionada ali.
O projeto PCN é um conjunto de classes que contempla toda a parte de geração do arquivo XML de acordo com os schemas definidos pelo SEFAZ, e também faz a validação dos campos. É muito simples de ser usado, pois junto com os fontes, existe uma unit modelo(pcnModelo.pas), explicando como se deve implementar. Em outras palavras, essa unit é um formulário a ser preenchido. Basta olhar com um pouquinho de calma, e fazer o ajuste de acordo com suas necessidades. É simples, fácil e rápido.
Não vou detalhar aqui como usar o projeto, pois a idéia do post é apenas divulgar. Para maiores informações, acesse a página do grupo clicando aqui.


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Conectividade Social da Caixa - Solução

Olá, pessoal...

Há dias que vinha enfretando problemas para acessar o conectividade social da caixa aqui na empresa, pois a famosa mensagem "falha ao receber mensagem de trocas de chaves do gatway" começou aparecer do nada, e isso causou um certo transtorno. Em uma das minhas milhares de pesquisas, encontrei um post muito bom, que foi a minha salvação. Graças a ele consegui resolver o problema. Sendo assim, compartilho com vocês, pois tenho certeza que muitos estão passando ou irão passar por isso.
Click aqui e acesse o post.

Até a próxima!

terça-feira, 31 de março de 2009

NFe - Um caminho sem volta

Bom pessoal, como é conhecimento de muitos, o nosso país está dando um grande passo tecnológico, pois desde 2005 inciou-se um projeto denominado Projeto Nota Fiscal Eletrônica (digamos que bastante ousado) para substituir as nostas fiscais modelos 1 e 1A. Esse projeto visa substituir sistematicamente e eletronicamente a atual emissão do documento fiscal, e garantir que esse tenha validade jurídica através de certificação digital. Segundo a SEFAZ(Secretaria da Fazenda), isso irá simplificar as obrigalções acessórias dos contribuintes e ao mesmo tempo permitirá um acompanhamento das operações me tempo real.
Para o SEFAZ, podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) como sendo um documento de existência exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar uma operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e a Autorização de Uso fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte. 
Pensando tecnicamente, a idéia do projeto é muito interessante, pois envolvem as mais atuais tecnologias, como xml, webservices e certificação digital, ou como dizem alguns, tecnologias que "estão na moda". Mas como nem tudo são flores, eis que surgem os impecílios. Será que as empresas estão preparadas para isso? pois envolve não só a parte tecnica, como a parte burocrática também, e no nosso país ao meu ver é difícil hoje em dia, a empresa que esteja 100% com suas obrigações tributárias. Não estou generalizando, mas pelo que se vê e se ouve por ai é difícil uma empresa, principalmente as de pequeno porte sobreviver a carga tributária brasileira. Vamos esperar e torcer para que no final dê tudo certo.
Dando continuidade ao post, vou tentar fazer um resumo explicando as operações que envolvem a NFe:
A empresa emissora de NF-e deverá gerar um arquivo eletrônico(em formato xml e seguindo layout definido pela SEFAZ) contendo as informações fiscais da operação comercial, o qual deverá ser assinado digitalmente(através de certificado adquirido junto à Autoridade Certificadora credenciada pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil), de maneira a garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico, que corresponderá à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), será então transmitido, pela Internet(utilizando os webservices ou aplicativo da SEFAZ), para a Secretaria de Fazenda Estadual de jurisdição do contribuinte emitente, que fará uma pré-validação do arquivo e devolverá uma Autorização de Uso, sem a qual não poderá haver o trânsito da mercadoria. Após o recebimento da NF-e, a Secretaria de Fazenda Estadual disponibilizará consulta, através Internet, para o destinatário e outros legítimos interessados, que detenham a chave de acesso do documento eletrônico.
Este mesmo arquivo da NF-e será ainda transmitido através da Secretaria de Fazenda Estadual para:
• a Receita Federal, que será repositório nacional de todas as NF-e emitidas;
• no caso de uma operação interestadual, a Secretaria de Fazenda Estadual de destino da operação; e,
• quando aplicável, os Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal Direta e Indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização, tais como a SUFRAMA, por exemplo.
Após validado o arquivo, a empresa poderá imprimir uma representação gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, intitulada DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), em papel comum, em única via, que conterá impressos, em destaque, a chave de acesso e o código de barras linear tomando-se por referência o padrão CODE-128C, para facilitar e agilizar a consulta da NF-e na Internet e a respectiva confirmação de informações pelas unidades fiscais e contribuintes destinatários.
O DANFE não é uma nota fiscal, nem a substitui, servindo apenas como instrumento auxiliar para consulta da NF-e, pois contém a chave de acesso da NF-e, que permite ao detentor desse documento confirmar a efetiva existência da NF-e, através dos sítios das Secretarias de Fazenda Estaduais autorizadoras ou Receita Federal. Apesar disto, no primeiro momento de implantação do projeto, o contribuinte destinatário, não emissor de NF-e, poderá escriturar este documento, sendo que sua validade ficará vinculada à efetiva existência da NF-e com autorização de uso.
Importante lembrar, que para as pequenas empresas que hoje não possuem um sistema ERP ou qualquer meio de emissão automatizada de NF, o SEFAZ disponibiliza um aplicativo que possibilita todas as operações.

Bom pessoal, o intuito desse post é apenas dar uma breve introdução do que teremos pela frente(alguns já estão vivendo essa realidade) e deixar bem claro que a NFe é um caminho sem volta.
Como analista/desenvolvedor da empresa em que trabalho, estou envolvido 100% com esse projeto, pois temos até 01/09/2009 para começar a emissão da NFe. Confesso que isso tem me tirado o sono, mas é apenas mais uma etapa a ser vencida. Caso tenham alguma dúvida, na qual eu possa ser útil, entre contato.

Boa sorte para nós e até a próxima!